Disputa por banda larga da Índia vira briga entre Musk e outro bilionário
O governo da Índia anunciou nesta terça-feira, 15, que a alocação de sua banda larga continuará sendo feita por meios administrativos, em vez de leilão. A decisão ocorre após críticas de Elon Musk em relação ao tipo de disputa promovida pelo bilionário Mukesh Ambani.
Este embate entre os magnatas destaca a controvérsia em torno da metodologia de concessão para serviços de satélite na Índia, um mercado que deve crescer 36% ao ano, alcançando US$ 1,9 bilhão até 2030, segundo a Reuters.
A Starlink, de Musk, defende que a alocação administrativa de licenças está alinhada com as tendências globais, enquanto a Reliance, de Ambani, argumenta que um leilão é necessário para garantir condições equitativas, uma vez que não há disposições legais na Índia que definam como indivíduos podem acessar serviços de banda larga via satélite.
Durante um evento em Nova Déli, o Ministro das Telecomunicações, Jyotiraditya Scindia, reiterou que o espectro será alocado administrativamente, conforme as leis indianas, e que seu preço será estabelecido pelo órgão regulador de telecomunicações.
Musk expressou gratidão pela decisão do governo, afirmando no X: “Faremos o nosso melhor para servir o povo da Índia com a Starlink”.

No último domingo, a Reuters informou que a Reliance desafiou o processo de consulta do regulador indiano, solicitando que o leilão fosse reiniciado.
A Índia, como membro da União Internacional de Telecomunicações, é signatária de um tratado que regula o espectro de satélite, defendendo que sua alocação deve ser “racional, eficiente e econômica”, considerando-o um “recurso natural limitado”. A Starlink e outros projetos globais, como o Projeto Kuiper da Amazon, apoiam a alocação administrativa, argumentando que o espectro deve ser compartilhado entre as empresas.
Fonte: Exame/Reuters