O sucesso do morango do amor e o poder da comunicação bem planejada

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Como um doce simples se tornou um fenômeno nacional graças à linguagem certa, imagem bem construída e posicionamento emocional

Quando perguntaram a Thomas Edison sobre o segredo do seu sucesso, ele respondeu com simplicidade e brutal clareza: “Dois por cento de inspiração, 98 por cento de transpiração.” A frase, repetida ao longo das décadas, segue atual, mas pode ser ajustada aos tempos modernos: se você tem 10% de inspiração e 90% de preparação, os resultados podem ser extraordinários. E o sucesso do morango do amor é um exemplo saboroso disso.

A combinação visualmente irresistível de morango, brigadeiro branco e caramelo vermelho pode parecer, à primeira vista, apenas mais um doce adaptado para o gosto brasileiro. Mas o que transformou essa receita em fenômeno foi muito mais do que o sabor: foi o marketing, mesmo que instintivo, que envolveu linguagem, imagem, desejo e posicionamento.

Esse doce conquistou o país porque foi pensado (ou pelo menos apresentado) da forma diferente, de forma certa. O nome é direto, tem apelo emocional, conversa com o imaginário popular e é fácil de lembrar. A imagem é vibrante, fotogênica, perfeita para o Instagram, para os vídeos de receita acelerada do TikTok, para a estética do “feito em casa com capricho”. O produto não fala só de açúcar: ele comunica amor, festa, infância, romance, cuidado. Ele entrega uma experiência.

E esse é o segredo da comunicação eficaz. Não é sobre mostrar o produto, mas sobre anunciar o que esperar dele. Grandes campanhas publicitárias não vendem sabão, vendem limpeza impecável; não vendem perfume, vendem sedução. O morango do amor não vende apenas morango com caramelo, ele vende memória afetiva, afeto, desejo. E é por isso que milhares de unidades foram vendidas em poucos dias, com confeiteiras triplicando a renda e influenciadores impulsionando a demanda com uma única postagem.

Isso nos ensina algo poderoso. Não basta ter um bom produto ou serviço. É preciso saber como apresentá-lo. É necessário entender o público, adaptar a linguagem, criar expectativa, entregar valor simbólico e emocional. Preparar a comunicação de forma estratégica.

Afinal, se até um doce pode se transformar num fenômeno nacional por meio da escolha certa de palavras, cores, enquadramentos e emoções, o que impede um negócio ou projeto de fazer o mesmo, com planejamento e consistência?

Inspiração é o ponto de partida. Mas quem prepara o terreno, escolhe a linguagem certa e se comunica com inteligência, planta para colher e em muitos casos, colhe muito mais do que esperava.

Por Hosa Freitas
Jornalista, consultora e especialista em comunicação institucional. Atua há mais de 35 anos com posicionamento de marca, mídia espontânea e estratégias de reputação
Sou especialista em engenharia de prompt aplicada à comunicação, jornalismo, conteúdo estratégico e inteligência artificial.

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