Cortes orbitais: plano de Trump ameaça futuro da NASA e abre espaço para disputa global

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Proposta orçamentária prevê corte de 25% no financiamento da agência espacial; missões climáticas e projetos lunares estão sob risco, enquanto comunidade científica e funcionários protestam contra retrocesso histórico.

A proposta de orçamento apresentada pelo governo de Donald Trump para 2026 colocou a NASA no centro de uma disputa política e científica. O plano prevê redução de cerca de 25% nos recursos da agência, atingindo em cheio programas de exploração lunar, missões de monitoramento climático e projetos estratégicos que sustentam a liderança espacial dos Estados Unidos.

Entre os mais afetados estariam o programa Artemis, que busca estabelecer presença humana na Lua, o SLS (Space Launch System), foguete pesado da agência, e a estação lunar Gateway. Além disso, cortes relevantes recaem sobre as divisões de ciências da Terra, responsáveis por pesquisas cruciais sobre mudanças climáticas, emissões de gases e ecossistemas terrestres.

Protestos e críticas

O anúncio mobilizou cientistas, funcionários e ex-administradores da NASA. Grupos de servidores organizaram protestos no quartel-general da agência em Washington, denunciando que a redução orçamentária ameaça décadas de avanços científicos.

Críticos afirmam que o corte criará “lacunas irreversíveis” no monitoramento ambiental global, uma vez que dados climáticos de longo prazo dependem de continuidade. “O conhecimento acumulado pode ser perdido para sempre”, alertou um pesquisador ouvido pela Scientific American.

Riscos estratégicos

Especialistas em segurança espacial também apontam que a diminuição de pessoal e de verbas pode comprometer a integridade das missões futuras. Além da ameaça às pesquisas ambientais, há o risco de perda de protagonismo internacional, em um momento em que China e Índia ampliam seus programas de exploração com investimentos robustos.

Se os cortes forem confirmados, analistas avaliam que empresas privadas podem acelerar sua entrada no vácuo deixado pela NASA, reposicionando a política espacial americana em bases menos científicas e mais comerciais.

O que ainda está em jogo

O orçamento precisa ser aprovado pelo Congresso norte-americano, que poderá alterar ou barrar a proposta. Pressões da comunidade científica e da opinião pública devem pesar nas negociações.

Alguns projetos, como os ligados a monitoramento climático e exploração do sistema solar externo, são considerados estratégicos e contam com forte apoio internacional. A dúvida é se o Congresso manterá a linha dura de Trump ou se buscará preservar parte da verba.

Impacto global

A possível retração da NASA tem repercussões que vão além dos EUA. O monitoramento climático da agência é usado por cientistas e governos em todo o mundo para políticas ambientais, previsão de desastres e estudos sobre sustentabilidade.

Sem esses dados, países em desenvolvimento ficariam mais vulneráveis. Ao mesmo tempo, o espaço aberto pelos EUA pode fortalecer a presença da China, que investe pesado em missões lunares e em satélites de observação da Terra.

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Fonte: O Globo/Reuters/Euronews/Forbes/Space.com

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