Mercados reagem à entrada de Stephen Miran no conselho do Fed, expectativa de corte de juros nos EUA, agenda cheia de indicadores e Pnad Contínua no Brasil.
O Federal Reserve inicia nesta terça-feira (16) a reunião de política monetária que deve sacramentar a primeira queda da taxa de juros americana no ano, em meio a forte pressão política. O destaque é a entrada de Stephen Miran, nomeado por Donald Trump e aprovado no Senado por 48 a 47 votos. Ele é o primeiro funcionário da Casa Branca em exercício a integrar o conselho do Fed desde a década de 1930, fato que reacende o debate sobre a independência do banco central norte-americano.
Trump tem insistido publicamente pela redução das taxas, apesar da inflação em alta, pressionada pela guerra comercial que encarece importados. Além disso, o presidente tenta destituir Lisa Cook, integrante do conselho, sob acusações não comprovadas de fraude. A Justiça bloqueou a decisão, mantendo Cook no cargo.
O mercado precifica em 96% de probabilidade uma redução de 0,25 ponto percentual, enquanto 4% apostam em corte mais agressivo de 0,50 p.p. O resultado sai na quarta-feira, junto das projeções econômicas, que devem mostrar a divisão entre dirigentes nomeados por Trump e membros mais antigos do Fed.
No exterior, os futuros de Nova York amanhecem mistos: S&P 500 (+0,18%), Nasdaq (+0,27%) e Dow Jones (-0,03%). Na Europa, as bolsas operam em queda (Euro Stoxx 50, -0,27%; DAX, -0,57%; CAC, -0,17%). Na Ásia, o movimento foi leve: Nikkei (+0,30%), CSI 300 (-0,21%) e Hang Seng (-0,03%). Entre as commodities, o petróleo Brent recua 0,27%, a US$ 67,26, enquanto o minério de ferro em Dalian sobe 0,82%, a US$ 112,95.
No Brasil, o destaque desta manhã é a divulgação da Pnad Contínua de julho, com dados de desemprego. O indicador vem mostrando resiliência, embora sinais de desaceleração sejam perceptíveis diante da Selic em 15% ao ano. O Copom também abre sua reunião hoje, com expectativa de manutenção da taxa. Além disso, o ministro Fernando Haddad participa por videoconferência do J.Safra Investment Conference 2025.
Fonte: Ibovespa/Times/ Reuters/ Money Times/ Investing
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