ABERTURA DE MERCADO

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Os mercados atravessam a quarta-feira (15) entre trégua tática no apetite a risco e ruído comercial. O ouro roubou a cena, cravou recorde histórico acima de US$ 4.200, embalado por busca de proteção e apostas de novos cortes de juros nos EUA. A Reuters registrou a máxima intradiária acima de US$ 4.217 e valorização de ~60% no ano, amparada por compras de bancos centrais e tensões geopolíticas.

No pano de fundo, Jerome Powell reforçou a leitura dovish, ele disse que o fim do aperto quantitativo (redução do balanço) “pode estar se aproximando”, o que suaviza condições financeiras e sustenta metais preciosos sem, porém, prometer cortes automáticos. O mercado, ainda assim, precifica 25 pb em outubro e dezembro.

Do lado geopolítico, a disputa EUA/China subiu um degrau com ameaça de tarifa de 100% e agora com o flerte da Casa Branca em restringir o comércio de (used) cooking oil como retaliação à queda das compras chinesas de soja, gesto mais simbólico do que material, segundo analistas, mas suficiente para mexer com ativos de risco e cripto nos últimos pregões.

Europa/França: política manda no preço

A Europa abre positiva, com França à frente após o premiê Sébastien Lecornu anunciar suspensão da reforma da Previdência até 2027 para tentar estabilizar o governo minoritário, alívio de curto prazo ao preço de mais incerteza fiscal à frente.

China: deflação longa, demanda fraca

Na China, os dados de setembro reforçam a fraqueza da demanda: CPI −0,3% a/a e PPI −2,3%, marcando 36º mês seguido de deflação ao produtor. O quadro mantém a pressão por estímulos e pesa no sentimento global de commodities.

Resultados corporativos nos EUA

A temporada ganha tração. Bank of America superou expectativas (lucro, NII e IB fees), e Morgan Stanley veio forte em equities e wealth. United Airlines divulga após o fechamento. Esses números ajudam a balizar o humor antes do Livro Bege às 15h (BRT).

Brasil — dados e fiscal ainda no retrovisor

Por aqui, sai Varejo de agosto (9h), com expectativa de moderação após alta em julho. O fiscal segue ruidoso (PLDO, compensações e debates no TCU) e limita o beta do Brasil ao rali externo — especialmente se a curva longa não acompanhar o alívio global.

Principais índices

Leituras das 7h297h32 (BRT)

Região / AtivoVariaçãoNível / Observação
🇺🇸 S&P 500 (futuros)▲ +0,59%Pré-abertura positiva (7h29)
🇺🇸 Nasdaq (futuros)▲ +0,80%Techs sustentam o rali (7h29)
🇺🇸 Dow Jones (futuros)▲ +0,38%Risco-on moderado (7h29)
🇪🇺 Euro Stoxx 50▲ +1,52%Europa em alta (7h32)
🇬🇧 FTSE 100 (Londres)▼ −0,49%Sessão mista (7h32)
🇩🇪 DAX (Frankfurt)▲ +0,24%Alta leve (7h32)
🇫🇷 CAC 40 (Paris)▲ +2,55%França lidera ganhos (7h32)
🇨🇳 CSI 300 (China)▲ +1,48%Reversão de perdas
🇭🇰 Hang Seng (Hong Kong)▲ +1,84%Techs em alta
🇯🇵 Nikkei (Tóquio)▲ +1,76%Impulso de exportadoras
🛢️ Brent (petróleo)▼ −0,03%US$ 62,37 por barril (7h32)
⛏️ Minério de ferro (Dalian)▼ −1,46%US$ 108,96 por tonelada (7h32)

Por Hosa Freitas
Jornalista, consultora e especialista em comunicação institucional.

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