EUA e China em rota de colisão comercial enquanto o BCE sinaliza que juros na Europa devem seguir altos por mais tempo
Os mercados financeiros globais operam com viés de cautela nesta quinta-feira (17), refletindo o agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e a sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que os juros devem permanecer elevados por mais tempo na zona do euro.
Em meio ao ruído tarifário iniciado por Donald Trump, que já afetou diversos países, a China respondeu com medidas técnicas e diplomáticas que voltam a elevar o risco de desaceleração global.
Nos Estados Unidos, investidores também aguardam dados de vendas no varejo e falas de dirigentes do Federal Reserve, que podem reforçar a leitura de que o ciclo de cortes de juros será mais lento do que o esperado.
Principais indicadores – 9h12 (horário de Brasília)
- Ibovespa futuro: -0,38% (aos 129.420 pts)
- Dólar comercial: R$ 5,33 (+0,45%)
- Euro: R$ 5,81 (+0,39%)
- Bitcoin: US$ 61.410 (+1,2%)
Commodities
- Petróleo (WTI): US$ 78,46 o barril (+0,3%) – alta com tensões no Mar do Sul da China
- Minério de ferro (Qingdao): US$ 113,75/tonelada (-0,7%)
- Ouro: US$ 2.421/onça (-0,4%) – investidores buscam liquidez frente a nova onda de incertezas
Destaques internacionais
- Alemanha: BCE reforça que inflação segue “persistente” e não vê espaço para cortes antes de dezembro.
- China: autoridades sinalizam boicote a certos produtos americanos como retaliação às novas tarifas.
- EUA: Vendas no varejo de junho saem às 9h30; Jerome Powell discursa às 15h.
No Brasil
- IPCA-15 de julho será divulgado na próxima semana e pode reorientar expectativas sobre Selic.
- Ministério da Fazenda articula medidas emergenciais para compensar queda na arrecadação do 2º trimestre.