Abertura de mercado: inflação segue no radar em meio a tarifas de Trump e expectativa pelo CPI

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Sensação de preços altos pesa sobre americanos e limita espaço para cortes de juros do Fed; BCE mantém taxa em 2% e varejo brasileiro é destaque local

A inflação é um dos fenômenos mais intrigantes da economia, pois mistura dados concretos e percepção. Nos Estados Unidos, mesmo com sinais recentes de desaceleração, a sensação de preços em alta segue pesando no bolso das famílias e também na popularidade de Donald Trump.

A guerra tarifária desencadeada pelo presidente americano colocou os EUA em uma encruzilhada. Tarifas de importação tendem a encarecer produtos vindos de fora, e a desvalorização do dólar reforça essa pressão. Pesquisas de opinião indicam que os americanos percebem alta generalizada nos preços, em linha com uma inflação ainda acima da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve.

Nesta quinta-feira (11), às 9h30, será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto, dado crucial para o rumo da política monetária. Ontem, o índice de preços ao produtor (PPI) mostrou deflação no mês, mas no acumulado de 12 meses ainda registra alta de 2,6%. Analistas avaliam que dificilmente o CPI mudará as apostas para um primeiro corte de juros já na reunião da próxima semana. Por outro lado, inflação elevada e risco de nova aceleração limitam a janela de cortes do Fed.

Na Europa, o Banco Central Europeu manteve a taxa básica em 2% ao ano, decisão alinhada às expectativas. As bolsas do continente abriram em alta, refletindo otimismo cauteloso.

No Brasil, o destaque do dia é a divulgação das vendas no varejo de julho pelo IBGE, importante termômetro da atividade econômica após sinais de desaceleração. No campo político, o STF entra na fase final do julgamento da chamada “trama golpista”, evento acompanhado de perto pelo mercado.

Nos ativos, o fundo EWZ, que representa ações brasileiras em Nova York, avançava 0,40% no pré-mercado. Futuros americanos operavam em leve alta, enquanto o petróleo Brent recuava e o minério de ferro em Dalian mostrava queda.

Agenda do dia

  • 5h: Agência Internacional de Energia divulga relatório mensal sobre petróleo
  • 9h: IBGE publica vendas no varejo de julho
  • 9h: IBGE anuncia Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto
  • 9h15: BCE anuncia decisão de política monetária; coletiva de Christine Lagarde às 9h45
  • 9h30: EUA divulgam CPI de agosto
  • 9h30: EUA publicam pedidos semanais de auxílio-desemprego
  • 14h: STF entra na fase final do julgamento da trama golpista

Mercados (7h22)

Futuros EUA

  • S&P 500: +0,16%
  • Nasdaq: +0,22%
  • Dow Jones: +0,14%

Europa

  • Euro Stoxx 50: +0,23%
  • FTSE 100: +0,39%
  • DAX: +0,04%
  • CAC 40: +0,71%

Ásia

  • CSI 300: +2,31%
  • Hang Seng: -0,43%
  • Nikkei: +1,22%

Commodities

  • Brent: -0,64%, a US$ 67,06
  • Minério de ferro (Dalian): -0,81%, a US$ 111,65

Fontes: inflação EUA, Fed, CPI, Donald Trump, BCE, Ibovespa, mercado financeiro

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