FIIs de papel cortam dividendo; IFIX volta a cair: o que está por trás do recuo

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Um fundo de recebíveis paga R$ 0,74/cota, menor valor em 12 meses e o IFIX recua 0,21% no pregão; dividendos atrelados a IPCA/CDI explicam parte da volatilidade, enquanto o aluguel residencial segue pressionado no ano.

O mercado de aluguéis residenciais no Brasil vive um momento de dualidade: embora o ritmo de alta tenha perdido força, os preços continuam subindo acima da inflação, e a rentabilidade para o investidor voltou a se tornar atrativa, superando muitas aplicações de renda fixa. Segundo o mais recente Índice FipeZAP, os aluguéis subiram 0,55% em setembro, uma leve desaceleração frente a agosto (0,66%), mas ainda superando o IPCA do mês (0,48%).

No acumulado de 12 meses, a alta de 9,93% revela a pressão que as famílias ainda sentem no bolso, um reflexo direto da demanda aquecida e da oferta restrita de imóveis em áreas desejadas.

O Mapa do aluguel: Disparidade entre regiões

A fotografia nacional mostra um país com realidades distintas. Enquanto o Sudeste concentra os preços absolutos mais altos, com São Paulo no topo (R$ 61,80/m²), são as capitais do Norte e Nordeste que lideram a escalada de preços nos últimos 12 meses. Teresina (+21,31%), Belém (+17,45%) e Salvador (+17,23%) registraram as maiores valorizações, impulsionadas por uma dinâmica local de forte procura.

A Volta do Investidor: Rentabilidade em Foco

Para o investidor, o cenário se tornou promissor. A rentabilidade média com aluguel (yield) atingiu 5,94% ao ano em setembro, um patamar competitivo frente à renda fixa, considerando o potencial de valorização do imóvel. Em capitais com o metro quadrado mais acessível, o retorno é ainda mais expressivo: Belém (8,52% a.a.), Recife (8,39%) e Cuiabá (8,18%) oferecem o melhor retorno do país.

Esse movimento explica por que investidores de pessoa física estão voltando a olhar para o “tijolo” como uma alternativa de geração de renda, especialmente em mercados onde o custo de aquisição ainda não explodiu.

O Que Fazer Diante Deste Cenário?

Para quem é inquilino:

  • Reajuste de Contrato Antigo: A boa notícia é para quem tem o contrato indexado ao IGP-M. Com o índice acumulando uma alta de apenas 2,82% em 12 meses, o reajuste anual será mais suave.
  • Busca por um Novo Imóvel: O desafio é maior. Os novos contratos refletem os preços de mercado capturados pelo FipeZAP (9,93%). A negociação é fundamental.

Para quem é investidor:

  • Análise do Retorno: A rentabilidade de 5,94% ao ano é uma média. O segredo é buscar cidades com metro quadrado acessível e demanda estável para obter retornos maiores, mas sempre calculando os custos de vacância, condomínio e impostos.
  • Escolha do Indexador: Contratos novos atrelados ao IPCA tendem a proteger melhor o poder de compra do locador, enquanto o FipeZAP serve como termômetro para o potencial de valorização do aluguel na região.

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