Cais do Valongo é reconhecido como Patrimônio Histórico e Cultural Afro-Brasileiro

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A nova lei, sancionada reforça a importância do sítio arqueológico, já tombado pela Unesco, na memória e na identidade nacional.

Foi sancionada nesta sexta-feira (12) a lei que reconhece o Cais do Valongo como patrimônio histórico e cultural afro-brasileiro. A Lei 15.203 de 2025, publicada no Diário Oficial da União (DOU), estabelece diretrizes para a proteção especial do sítio arqueológico localizado na região portuária do Rio de Janeiro.

O Cais do Valongo já havia recebido o título de Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco em 2017, por ser o único vestígio material da chegada de africanos escravizados no Brasil. O local foi a principal porta de entrada de 60% dos cerca de quatro milhões de africanos trazidos ao país.

A norma, que teve origem no Projeto de Lei (PL) 2.000/2021, do senador Paulo Paim (PT-RS), é vista como um passo fundamental para a reparação histórica e a preservação da memória da população negra.

Entre as diretrizes da nova lei, estão:

  • Realização de consultas públicas com entidades de defesa dos direitos da população negra.
  • Valorização das manifestações culturais afro-brasileiras.
  • Preservação de objetos sagrados de religiões de matriz africana.

A lei também prevê que a conservação do local seja financiada com recursos do Orçamento da União, além de doações. Outra novidade é a inclusão de projetos de preservação da memória e de promoção da igualdade racial na lista de prioridades do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), como forma de reparação à população afrodescendente.

O senador Paim destaca que o Cais do Valongo é um “território de memória e resistência”, comparando-o a locais de sofrimento e memória mundialmente reconhecidos, como o memorial de Hiroshima, no Japão, e o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.

Fonte: Agência Senado

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