CPMI do INSS vota convocação de seis pessoas nesta terça

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Requerimentos de convocação serão analisados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS.

Comissão deve decidir nesta terça-feira se familiares e sócios de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e de Maurício Camisotti serão obrigados a depor. Expectativa é de que as oitivas ajudem a esclarecer negócios e movimentações suspeitas ligadas à Previdência Social.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS entra em fase decisiva nesta semana. Nesta terça-feira (16), os parlamentares votam requerimentos que podem obrigar seis pessoas a prestar depoimento, ampliando o alcance da apuração sobre irregularidades na Previdência Social.

A CPMI foi criada para investigar fraudes, desvios e favorecimentos em contratos e benefícios do INSS. Até aqui, já aprovou convites para ex-ministros da Previdência e convocações de ex-presidentes do instituto desde 2015, buscando identificar falhas estruturais e responsabilidades políticas.

Os requerimentos em pauta atingem familiares e sócios dos dois principais investigados, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti. Ambos vêm evitando comparecer às sessões, o que motivou os parlamentares a ampliar a lista de depoentes.

As pessoas que podem ser chamadas são:

  • Tânia Carvalho dos Santos — esposa e sócia de Camilo.
  • Romeu Carvalho Antunes — filho de Camilo e sócio em negócios ligados ao esquema.
  • Rubens Oliveira Costa — sócio de Camilo.
  • Milton Salvador de Almeida Júnior — também sócio de Camilo.
  • Cecília Montalvão — esposa de Camisotti e sócia em empresa envolvida na modernização de sistemas do INSS.
  • Nelson Willians — advogado que teria feito transações bancárias suspeitas com Camisotti.

Todos devem ser ouvidos na condição de testemunhas, mas o objetivo é entender melhor como funcionava a rede de relações e negócios dos principais investigados.

A expectativa é que as convocações tragam mais clareza sobre transações financeiras e societárias que envolvem empresas ligadas ao INSS. Há suspeitas de contratos irregulares em processos de digitalização e modernização do órgão, além de movimentações bancárias consideradas incompatíveis com a renda declarada.

Os parlamentares também buscam avaliar se houve uso de influência política e empresarial para favorecer contratos e desviar recursos. A ausência reiterada de Camilo e Camisotti nos depoimentos anteriores acendeu a pressão para que familiares e sócios sejam ouvidos diretamente.

A sessão para votação dos requerimentos ocorre nesta terça-feira, às 14h, no Senado, no plenário 2 da Ala Nilo Coelho. Caso sejam aprovadas, as oitivas devem ser realizadas já na quinta-feira (18/09).

Um dos pontos mais tensos da CPMI é o debate sobre o direito de investigados e testemunhas se manterem em silêncio, respaldado por habeas corpus. Parlamentares da comissão já discutem a possibilidade de propor mudanças legais para evitar que decisões judiciais travem os trabalhos.

Além disso, há uma preocupação sobre o alcance das convocações: enquanto a comissão quer dar amplitude máxima, parte da defesa dos envolvidos alega perseguição e excesso de exposição.

Próximos passos

Depois da votação desta semana, a CPMI deve avançar para a análise de quebras de sigilo e novas convocações de ex-dirigentes do INSS. O relator já adiantou que pretende ouvir todos os ex-presidentes do instituto desde 2015, mantendo o critério de igualdade de tratamento.

A depender das informações colhidas, o relatório final pode sugerir indiciamentos criminais, pedidos de abertura de inquérito e mudanças legislativas para reforçar a fiscalização da Previdência.

A CPMI do INSS entra em sua fase mais sensível. Ao colocar familiares e sócios dos principais investigados no centro da investigação, a comissão espera romper resistências e avançar na coleta de provas. Se confirmada, a convocação desses seis nomes deve marcar uma virada de rumo nos trabalhos com potencial de expor conexões empresariais e políticas que até agora permaneciam obscuras.

Fonte: Agência Senado

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