Setor de serviços renova recorde em julho, mas mostra sinais de desaceleração

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Serviços crescem 0,3% em julho, acumulam alta de 2,6% no ano e atingem melhor nível histórico, porém, algumas áreas como transportes e turismo enfrentam quedas pontuais.

O setor de serviços no Brasil avançou 0,3% em julho de 2025 na comparação com junho, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (IBGE). Este é o sexto mês consecutivo de resultados positivos, e o volume de serviços alcançou o maior nível da série histórica iniciada em 2011.

No acumulado do ano, o setor já registra alta de 2,6%; nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 2,9%, uma leve desaceleração em relação a junho, quando estava em torno de 3%.

Dentre os segmentos que mais impulsionaram o setor, destacam-se informação e comunicação, com crescimento de +1,0%, e serviços profissionais, administrativos e complementares, com +0,4%. Também houve avanço em serviços prestados às famílias (+0,3%).

Por outro lado, alguns setores enfrentam dificuldades. Transportes recuou 0,6%, impactado especialmente pelo transporte aéreo de passageiros, que sofreu com o aumento dos preços das passagens e uma base de comparação alta; e outros serviços tiveram queda de 0,2%.

O desempenho regional também é relevante: 19 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de serviços em julho; São Paulo se destacou com avanço de aproximadamente 4,3%.

Leia também: https://hosa.com.br/apesar-da-politica-a-economia-brasileira-mostra-resiliencia/

Esse avanço do setor ocorre num cenário de juros elevados e inflação ainda presente, o que indica que há demanda resistente em determinados segmentos, especialmente os ligados à tecnologia, comunicação e serviços para empresas. Mas o setor de turismo e transporte aéreo sinaliza fragilidade, apontando para desafios sazonais e de custos.

Apesar disso, o Brasil passa de novo por um momento em que o setor de serviços ajuda a sustentar a recuperação econômica. Porém, manter o ritmo exige atenção a fatores como custo de operações, política econômica, câmbio e poder de compra das famílias. Se essas variáveis se tornarem desfavoráveis, o setor pode enfrentar ondas de queda novamente.

Infográfico que mostra a evolução do setor de serviços nos últimos 2 anos (dados simulados a partir das tendências do IBGE):

Fonte: IBGE

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *