Governo recua do aumento do IOF e busca alternativas após pressão do Congresso e do setor financeiro

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Análise do Ministério da Fazenda ocorre após críticas de parlamentares e bancos sobre o impacto do imposto na economia; arrecadação estimada era de R$ 20 bilhões.

O Ministério da Fazenda anunciou nesta semana que estuda alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), inicialmente proposto para reforçar o caixa da União em cerca de R$ 20 bilhões. A sinalização de recuo veio após forte resistência no Congresso Nacional e críticas contundentes do setor financeiro.

A medida, que havia sido oficializada por decreto no fim de maio, previa aumento da alíquota do IOF em operações de crédito, câmbio e investimentos. No entanto, a repercussão foi negativa entre parlamentares de diferentes espectros — inclusive membros da base aliada, como União Brasil, Republicanos, PSD e PDT, que se uniram à oposição para pedir o cancelamento do aumento.

Em resposta à mobilização, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com representantes da Febraban e líderes partidários para discutir o impacto da proposta. Haddad reconheceu a necessidade de ouvir os setores afetados e anunciou que alternativas fiscais estão em estudo, dentro de um plano mais amplo de reestruturação da política tributária.

O governo pretende agora apresentar um conjunto de propostas com maior previsibilidade e menor impacto direto sobre o crédito e o consumo, temas considerados sensíveis no atual cenário de desaceleração econômica.

A expectativa é que um novo texto seja enviado ao Congresso nas próximas semanas, prevendo ajustes que permitam arrecadar sem prejudicar o crescimento ou elevar a insegurança entre investidores e consumidores.

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