Bolsa brasileira sobe mais de 3% na semana e se apoia em balanços positivos, mas ADRs da Petrobras recuam em Nova York após divulgação dos resultados do 2º trimestre
O Ibovespa acumula alta de 3,09% na semana e, a contar pelos sinais que chegam de Nova York, pode ampliar os ganhos nesta sexta-feira (8). O índice voltou ao patamar de 10 de julho, apoiado principalmente pela temporada de balanços corporativos, que trouxe resultados positivos para grande parte das companhias listadas. Entre os destaques, a Eletrobras saltou 9,6% após lucro acima das projeções no 2º trimestre.
No entanto, para confirmar o avanço, a bolsa terá de enfrentar a pressão vinda da Petrobras. As ADRs da estatal recuam mais de 1% no pré-mercado de Nova York, em reação à divulgação dos resultados do segundo trimestre e do pacote de dividendos. A companhia reportou lucro líquido de R$ 26,6 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado entre abril e junho de 2024. Apesar da melhora no volume de produção, tanto a receita líquida quanto o Ebitda caíram na comparação anual, e o montante de R$ 8,6 bilhões em dividendos e JCP ficou abaixo dos R$ 12 bilhões esperados pelo mercado.
No cenário externo, os investidores monitoram a política comercial dos Estados Unidos e a interferência política na condução da economia. A nomeação de Stephen Miran, assessor de Donald Trump, para o Conselho de Governadores do Federal Reserve aumentou as apostas de corte de juros na próxima reunião, reforçando a expectativa já consolidada nas últimas semanas. Segundo o Fed Watch, a probabilidade de redução da taxa básica em setembro subiu de 80% para 89%.
A guerra comercial segue no radar, com novas tarifas sobre importações de ouro e possibilidade de extensão da trégua com a China. Trump também ameaça sobretaxar produtos da União Europeia e prepara anúncio de tarifas sobre chips e produtos farmacêuticos.
No câmbio, o dólar recuou globalmente e fechou a R$ 5,42 na quinta-feira (7), favorecendo o humor em mercados emergentes. O petróleo Brent sobe 0,54%, a US$ 66,79, enquanto o minério de ferro registra alta de 0,06%, a US$ 107,67 por tonelada em Dalian.
Com uma agenda econômica doméstica esvaziada, o mercado brasileiro deve seguir o tom externo e a repercussão dos balanços para definir o rumo da sessão. A teleconferência da Petrobras, marcada para 11h15, será determinante para calibrar as expectativas dos investidores.
Futuros
- S&P 500: +0,28%
- Nasdaq: +0,29%
- Dow Jones: +0,20%
às 7h27
Balanços
- Após o fechamento: M.Dias Branco
Agenda do dia
- 9h: IBGE divulga Pesquisa Industrial Mensal Regional (junho)
- 9h: Diogo Guillen (BC), Guilherme Mello (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Gleisi Hoffmann (PT) participam de evento do Jota
- 11h15: Teleconferência da Petrobras sobre balanço do 2º trimestre
- 11h20: Alberto Musalem (Fed/St. Louis) participa de evento sobre crédito bancário
- 22h30: China divulga CPI e PPI de julho
Europa
- Euro Stoxx 50: +0,23%
- Londres (FTSE 100): -0,05%
- Frankfurt (Dax): -0,12%
- Paris (CAC 40): +0,34%
às 7h28
Ásia
- CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,24%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,89%
- Tóquio (Nikkei): +1,85%
Commodities
- Petróleo Brent: +0,54%, a US$ 66,79
- Minério de ferro: +0,06%, a US$ 107,67/t em Dalian
às 7h29
