Índice encerra o dia em leve queda, enquanto dólar recua e investidores seguem atentos às movimentações entre Brasil e Estados Unidos
O mercado financeiro brasileiro encerrou a terça-feira (15) em compasso de espera e cautela. Em mais um dia marcado por tensões envolvendo o cenário internacional, especialmente a política tarifária dos Estados Unidos, o Ibovespa fechou em queda de 0,04%, aos 135.250 pontos, no sétimo recuo consecutivo. O movimento confirma a tendência de hesitação dos investidores diante de ruídos sobre medidas do governo federal, reformas internas e pressões externas.
Além do ambiente político-econômico, o mercado acompanhou com atenção a variação de commodities e o comportamento de grandes empresas da Bolsa. Os setores de mineração e energia registraram quedas expressivas, enquanto alguns papéis do setor de turismo destoaram positivamente.
Desempenho do Ibovespa

- Fechamento: 135.250 pontos
- Variação no dia: -0,04%
- Número de pregões em queda: 7 consecutivos
- Abertura: 135.298 pontos
Dólar e câmbio
- Dólar à vista: R$ 5,5581 (queda de 0,47%)
- Fatores: desvalorização global da moeda americana e fluxo cambial favorável ao real
Maiores quedas do dia
- MRV (MRVE3): -2,9%
- Vale (VALE3): -2,6% (impactada pela queda do minério de ferro)
- Petrobras (PETR4): também recuou, acompanhando o petróleo Brent
Destaques positivos
- CVC (CVCB3): +6%, com expectativa positiva sobre os resultados do segundo trimestre
- Setor de turismo e consumo se recupera pontualmente, apesar do cenário macro mais conservador
O movimento desta terça-feira reforça a percepção de que o mercado segue desconfortável diante da combinação de pressões fiscais, incertezas em reformas estruturais e ambiente externo volátil. As próximas semanas devem manter o clima de aversão ao risco, a depender do desenrolar das tratativas diplomáticas entre Brasil e EUA e do posicionamento do governo sobre medidas internas de ajuste.