CPI americano e IPCA brasileiro movimentam os mercados nesta terça-feira (12), com atenção aos efeitos das tarifas sobre preços e comércio global.
A terça-feira (12) começa com a inflação no centro das atenções, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, em um cenário marcado pela guerra tarifária e seus impactos sobre consumidores e mercados.
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) de julho será divulgado às 9h30 (horário de Brasília), com expectativa de alta de 0,2% sobre junho e avanço anual de 2,8%, segundo projeções da Bloomberg. Ao excluir alimentos e energia, mais voláteis, a inflação núcleo deve atingir 3%, acima da meta de 2% ao ano perseguida pelo Federal Reserve (Fed). O movimento reflete, em grande parte, o impacto das tarifas de importação que encarecem produtos estrangeiros, pressionando o custo de vida.
O cenário levou Washington a prorrogar por mais 90 dias a trégua comercial com a China, após a escalada tarifária ter se transformado, na prática, em um embargo comercial bilateral. Às vésperas do dado, os futuros das bolsas americanas operavam próximos à estabilidade: S&P 500 (+0,08%), Nasdaq (+0,03%) e Dow Jones (+0,22%).
Na Europa, não há direção única: Euro Stoxx 50 (-0,29%), Dax (-0,42%), CAC (+0,09%) e FTSE 100 (+0,26%). Na Ásia, Tóquio liderou ganhos (+2,15%), seguida pelo CSI 300 da China (+0,52%) e Hang Seng de Hong Kong (+0,25%).
No Brasil, o IBGE divulga às 9h o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, com expectativa de desaceleração anual. O Boletim Focus tem mostrado queda nas projeções do IPCA por dez semanas consecutivas, reforçando a aposta em alívio inflacionário.
O mercado doméstico também acompanha as negociações do governo para fechar um pacote de apoio ao setor exportador, afetado pelas tarifas impostas por Donald Trump. Ontem à noite, o presidente Lula conversou com o líder chinês, Xi Jinping, em busca de novas parcerias comerciais. Enquanto isso, em Brasília, segue a articulação política em meio à dificuldade de diálogo com os EUA, agravada pela influência da extrema direita norte-americana.
Nos commodities, o petróleo Brent sobe 0,48%, a US$ 66,95, enquanto o minério de ferro avança 2,36%, a US$ 111,39 por tonelada em Dalian.
No radar corporativo, o BTG Pactual divulga resultados antes da abertura. Após o fechamento, será a vez de Americanas, CVC, Light e MRV. Entre os eventos, destaque para o discurso de Tom Barkin (Fed), às 11h, e a participação do ministro Fernando Haddad em comissão do Senado, às 14h30. Às 18h, Lula concede entrevista à BandNews.
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O cenário de juros elevados também ganha atenção: com a Selic em 15% e juro real de 10%, o Brasil alcançou 100 milhões de investidores em renda fixa, somando R$ 2,8 trilhões aplicados.
Com inflação alta e tensões comerciais, o dia promete cautela nos negócios e atenção redobrada aos indicadores.
| Tendências do Dia | Detalhes |
|---|---|
| Futuros S&P 500 | 0,08% |
| Futuros Nasdaq | 0,03% |
| Futuros Dow Jones | 0,22% |
| Horário da coleta | 7h20 |
| Agenda | Detalhes |
|---|---|
| Antes da abertura | BTG Pactual |
| Após o fechamento | Americanas, CVC, Light e MRV |
| 6h | Alemanha divulga índice ZEW de expectativas econômicas (ago) |
| 9h | IBGE divulga IPCA de julho |
| 9h30 | EUA divulgam CPI de julho |
| 11h | Tom Barkin (Fed) discursa em evento |
| 14h30 | Haddad na comissão da MP do IOF no Senado |
| 18h | Lula concede entrevista à BandNews |
| Europa | Detalhes |
|---|---|
| Euro Stoxx 50 | -0,29% |
| FTSE 100 (Londres) | 0,26% |
| Dax (Frankfurt) | -0,42% |
| CAC (Paris) | 0,09% |
| Horário da coleta | 7h26 |
| Ásia | Detalhes |
|---|---|
| CSI 300 (China) | 0,52% |
| Hang Seng (Hong Kong) | 0,25% |
| Nikkei (Tóquio) | 2,15% |
| Commodities | Detalhes |
|---|---|
| Brent | 0,48%, a US$ 66,95 |
| Minério de ferro (Dalian) | 2,36%, a US$ 111,39 por tonelada |
| Horário da coleta | 7h26 |
Fonte: RHC/Ibovespa/Infomoney
