Irã volta ao centro das tensões e ameaça estabilidade no mercado global

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Acusações de descumprimento de trégua elevam risco no Oriente Médio e pressionam o preço do petróleo, com reflexos imediatos na inflação global e na política de juros

As tensões geopolíticas voltaram a dominar o noticiário global nesta terça-feira (24), após novas acusações de que o Irã teria violado o acordo de cessar-fogo anunciado no início da semana. A denúncia, feita por Israel e repercutida por agências internacionais, sugere que Teerã teria mantido lançamentos de mísseis e movimentos militares, contrariando o que havia sido inicialmente divulgado como um avanço diplomático.

O Irã nega as acusações e afirma que nunca reconheceu formalmente a trégua. Segundo porta-vozes do regime, qualquer cessar-fogo dependeria de ações mútuas e simultâneas por parte de Israel, o que não teria ocorrido.

A reação dos mercados foi imediata. Após o alívio inicial com a notícia do cessar-fogo — que havia derrubado os preços do petróleo em cerca de 7% — o Brent retomou a trajetória de alta, voltando a se aproximar dos US$ 74 o barril. Analistas alertam que, em caso de escalada real, o valor pode saltar para a faixa dos US$ 100–120, pressionando ainda mais os indicadores inflacionários globais.

O ponto crítico é o Estreito de Hormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial. Embora o fechamento total da passagem marítima seja improvável, ataques isolados e sabotagens são considerados plausíveis, o que já seria suficiente para provocar um choque de oferta temporário.

Além do petróleo, outros ativos também sentiram o impacto. O dólar perdeu força, enquanto bolsas na Europa e nos EUA apresentaram leve recuperação, sustentadas por apostas de que os bancos centrais podem postergar novos apertos monetários caso o risco geopolítico se confirme.

“Esse tipo de instabilidade acende todas as luzes de alerta para investidores, governos e bancos centrais. O risco não é apenas de conflito armado, mas de um novo ciclo de alta nos preços globais, justamente no momento em que parte do mundo tentava retomar o fôlego pós-pandemia e pós-inflação”, afirma um analista ouvido sob condição de anonimato.

O cenário ainda é de incerteza. Mas o sinal emitido nesta terça é claro: o risco geopolítico está longe de ter sido neutralizado, e o comportamento do petróleo será um dos termômetros mais sensíveis dessa possível nova crise internacional.

Fonte: JHC/www.theguardian.com/apnews.com

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