Senador critica dependência de programas assistenciais e defende qualificação profissional como porta de saída para milhões de brasileiros
O senador Izalci Lucas (PL-DF) defendeu nesta terça-feira (24) que as políticas públicas brasileiras priorizem a dignidade da população por meio da geração de empregos e da qualificação profissional. Em discurso no Senado, ele relatou uma audiência com o Papa no Vaticano, destacando a importância de iniciativas voltadas aos mais vulneráveis.
Izalci criticou a falta de estratégia para transformar a assistência social em uma política de emancipação. Segundo o senador, mais de 50 milhões de brasileiros dependem do Bolsa Família sem que haja uma política clara de transição para o mercado de trabalho.
“É inadmissível, num país como o nosso, a gente ter mais de 50 milhões de dependentes do Bolsa Família, que não têm porta de saída. É lamentável que o governo, mesmo sendo alertado por anos e anos, pareça que é surdo, cego e mudo”, afirmou.
O senador também destacou a necessidade de investimentos reais em educação pública. Para ele, o programa Pé-de-Meia não é suficiente para solucionar os problemas enfrentados por jovens da rede pública, que continuam sendo empurrados para a dependência governamental.
“R$ 200 por mês não resolvem o problema de ninguém. Temos que valorizar os profissionais da educação e investir em infraestrutura escolar”, disse Izalci.
Ele defendeu a implementação efetiva do novo ensino médio, com foco na educação profissional, além da reorientação de programas como o Prouni e o Fies. A ideia é concentrar bolsas e financiamentos em cursos estratégicos para o país, como engenharia, medicina, física e pedagogia.
Fonte:JHC/Gab Izalci Lucas
