Programa desta terça-feira (5) traz análise do Copom sobre juros e os reflexos políticos da prisão de Jair Bolsonaro
No Mercado desta terça-feira, às 10h, o foco foi a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que manteve a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15% ao ano, interrompendo um ciclo de sete altas consecutivas. A decisão reforça um tom cauteloso, com o Copom sinalizando que o juro permanecerá nesse patamar por um período prolongado, enquanto espera avaliar os efeitos das medidas anteriores na inflação e na atividade econômica.

Em uma entrevista para revista Veja o economista‑chefe do C6 Bank, Felipe Salles, destacou que a ata reafirma uma estratégia de “manter juros elevados até que a inflação volte à meta”. Para Lucas Ferraz, professor de economia da FGV, a taxa anunciada ajudará a colocar os dados monetários no contexto político e fiscal.
Além dos juros, o programa também abordará os efeitos da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. Analistas apontam que a decisão gera instabilidade política e aumenta os temores de retaliações comerciais por parte dos EUA, o que passa a ser monitorado por investidores como um risco adicional em um cenário já marcado pela tarifa de 50% sobre exportações brasileiras.
A ata do Copom, divulgada hoje cedo, reforça que o comitê avalia cenário externo mais adverso, inclusive em razão das tarifas impostas pelos EUA ao Brasil, e que não hesitará em retomar o ciclo de aperto monetário se a inflação não convergir à meta.
Fonte: RHC/Veja/Reuters