A decisão do Fed, marcada para a próxima quarta-feira, 17 de setembro, tem um impacto direto no mercado de criptomoedas
A semana financeira começa com um clima de expectativa e cautela, com os olhos dos investidores voltados para a “Super Quarta”. O termo, popular no mercado, refere-se ao dia em que o Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos e o Banco Central brasileiro (BC) anunciam suas respectivas decisões de política monetária. As projeções apontam para uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros americanos, enquanto no Brasil a expectativa é de manutenção da Selic no patamar de 15%.
A confirmação deste cenário pode injetar fôlego em ativos de maior risco, impulsionando ações e o mercado de criptomoedas, por exemplo. Enquanto a Super Quarta não chega, os mercados domésticos acompanham a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma importante prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O Boletim Focus, que reúne as expectativas de economistas, também está no radar. No cenário internacional, a retomada das negociações entre Estados Unidos e China sobre tarifas de importação adiciona mais um ponto de atenção para os investidores.
O Que Acontece com o Bitcoin se o Fed Cortar Juros?
A decisão do Fed, marcada para a próxima quarta-feira, 17 de setembro, tem um impacto direto no mercado de criptomoedas, que reage de forma mais intensa à liquidez global. A taxa de juros em dólar, atualmente entre 4,25% e 4,50% ao ano, deve cair, segundo o consenso do mercado.
A lógica por trás dessa conexão é simples, conforme explica Henry Oyama, diretor da Hashdex: juros mais baixos tornam ativos de risco mais atraentes. Quando as aplicações seguras, como títulos do governo, oferecem menos retorno, o investidor busca alternativas com maior potencial de valorização, como ações e criptomoedas. A redução dos juros também diminui o custo de capital e aumenta a liquidez nos mercados, fatores que tendem a sustentar preços mais altos para o Bitcoin e outras moedas digitais.
A semana promete ser agitada, com a combinação de indicadores domésticos e decisões cruciais de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O mercado está pronto para se adaptar ao novo cenário, que pode tanto confirmar as expectativas quanto surpreender.
Fonte: Ibovespa
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