Ouro ultrapassa US$ 3.800, renova recorde e atrai investidores em busca de proteção

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Metal dispara com a queda do dólar e instabilidade nos EUA; especialistas apontam oportunidades e riscos para quem pretende investir.

O ouro superou nesta segunda-feira (29) o patamar de US$ 3.800 por onça, atingindo um novo recorde histórico. O movimento acompanha a desvalorização do dólar, em meio ao risco de paralisação das atividades do governo dos Estados Unidos por falta de acordo orçamentário.

Por ser considerado uma reserva de valor, o metal precioso tende a se valorizar em momentos de instabilidade ou perda de força da moeda americana. “Quando o dólar perde força de maneira generalizada, o ouro tende a se valorizar, porque é visto como alternativa de proteção”, explica Alex Nery, professor da FIA Business School.

O planejador financeiro Anderson Kuntzler (CFP) reforça que a queda do dólar costuma abrir oportunidade para investidores: “O ouro é cotado em dólar. Quando a moeda perde força frente a outras divisas, o metal fica mais barato para estrangeiros, aumentando a demanda”.

Segundo Nery, no caso brasileiro, a valorização do real frente ao dólar pode baratear o preço do ouro em reais, criando uma janela de compra: “O incentivo, nesse caso, não vem da proteção, mas da oportunidade de adquirir o ativo a preços relativamente menores”.

Como investir em ouro

Apesar do interesse crescente, especialistas recomendam avaliar o perfil de risco e conhecer as modalidades disponíveis:

  • Ouro físico – Forma mais tradicional, garante posse direta, mas exige cuidados com segurança, armazenamento e enfrenta menor liquidez.
  • ETFs de ouro – Fundos listados em bolsa que replicam a cotação internacional do metal, sem necessidade de guardar o ativo físico.
  • Contratos futuros – Negociados em bolsa, permitem liquidez, transparência e podem ser usados tanto como proteção contra volatilidade (hedge) quanto para especulação.

Em julho, a B3 lançou o Contrato Futuro de Ouro (ticker GLD), ampliando o acesso dos investidores ao mercado. O derivativo tem liquidação exclusivamente financeira e é referenciado no preço internacional do metal, funcionando como alternativa segura e regulada para quem deseja se expor ao ativo.

Como investir em ouro – Passo a passo rápido

1. Defina seu perfil de risco
Ouro é ativo de proteção, mas pode oscilar. Avalie se busca segurança, diversificação ou especulação.

2. Escolha a modalidade
Ouro físico – posse direta do metal, mas exige armazenamento seguro e tem menor liquidez.
ETFs de ouro – negociados em bolsa, acompanham a cotação internacional sem precisar guardar o ativo.
Contratos futuros (B3/GLD) – permitem operações reguladas e com liquidação financeira, usados para hedge ou especulação.

3. Avalie custos e liquidez
Ouro físico: custo de guarda e risco de roubo/perda.
ETFs: taxa de administração baixa e liquidez diária.
Futuros: alta liquidez, mas exigem mais conhecimento.

4. Diversifique
Use ouro como parte do portfólio, não como único investimento. O equilíbrio reduz riscos.

5. Acompanhe o mercado
Monitorar o dólar, inflação e geopolítica é essencial — são os fatores que mais afetam a cotação.

Fonte: B2

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