Aumento será de 4,5% em abril de 2025 e mais 4,5% em janeiro de 2026, beneficiando cerca de 740 mil militares da ativa, da reserva e pensionistas
O Senado aprovou nesta quarta-feira (17) a Medida Provisória 1.293/2025, que trata do reajuste no soldo dos militares das Forças Armadas. O texto segue agora para promulgação, já que havia sido aprovado anteriormente pela Câmara dos Deputados.
O soldo é o vencimento básico dos militares, sobre o qual incidem outras gratificações e adicionais. De acordo com a medida, o aumento será dividido em duas parcelas de 4,5% cada. A primeira já entrou em vigor em abril de 2025 e a segunda será aplicada em janeiro de 2026.
Impacto orçamentário
O impacto previsto é de R$ 3 bilhões no primeiro ano e R$ 5,3 bilhões no segundo, totalizando um aumento de R$ 8,3 bilhões nas contas públicas. Segundo o governo, a medida beneficiará cerca de 740 mil pessoas, incluindo militares da ativa, da reserva e pensionistas.
Novos valores
No topo da tabela salarial, os altos oficiais como almirante de esquadra, general de exército e tenente-brigadeiro do ar passarão a receber R$ 14.711, ante os R$ 13.471 atuais.
Já na base, o soldo mínimo de R$ 1.078 passará a ser de R$ 1.177 após a aplicação das duas parcelas. Essa faixa abrange cargos como soldado-recruta, marinheiro-recruta, corneteiro de terceira classe e soldados não engajados.
A aprovação da MP ocorre em meio a negociações salariais mais amplas no funcionalismo e pressões sobre o teto de gastos da União. Embora o governo argumente que o reajuste recompõe perdas inflacionárias e valoriza o serviço militar, a medida também acende alertas sobre o equilíbrio fiscal nos próximos exercícios.
Fonte: JHC/Senado
