Suco de laranja brasileiro vira alvo na guerra comercial com os EUA

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Tarifas anunciadas por Trump podem elevar impostos em até 70% sobre o suco exportado pelo Brasil, ameaçando empregos e pressionando o agronegócio.

O tradicional suco de laranja brasileiro está no centro de mais uma crise no comércio internacional. Após o anúncio do ex-presidente Donald Trump sobre novas tarifas de até 50% para produtos importados do Brasil, o setor citrícola soou o alarme: a carga tributária total sobre o suco exportado pode ultrapassar 70%, colocando em xeque a competitividade do Brasil no maior mercado consumidor do mundo.

O impacto atinge diretamente os estados produtores, especialmente São Paulo, maior exportador da bebida. Representantes da indústria alertam para um risco real de perda de contratos, fechamento de linhas de produção e ameaça a milhares de empregos diretos e indiretos, tanto no campo quanto nas indústrias de processamento.

O Brasil é líder absoluto nas exportações globais de suco de laranja, respondendo por cerca de 70% do comércio mundial. Os Estados Unidos, por sua vez, são o maior mercado consumidor, apesar de terem perdido espaço para energéticos e outras bebidas.

A medida anunciada por Trump e programada para vigorar a partir de 1º de agosto, faz parte de um pacote mais amplo de tarifas que miram também aço, alumínio, calçados e componentes eletrônicos, com o objetivo declarado de pressionar parceiros comerciais e proteger a indústria americana.

Segundo analistas, o setor de sucos está entre os mais vulneráveis à retaliação comercial, pois tem forte dependência do mercado externo e margens de lucro sensíveis à variação cambial e tarifária.

A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Citros (CitrusBR) já se manifestou em tom de alerta, pedindo uma atuação firme do Itamaraty e da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Se essa tarifa for mantida, o suco brasileiro se tornará inviável nos EUA”, disse um porta-voz da entidade.

O governo brasileiro ainda estuda a melhor forma de responder, mas fontes do Itamaraty indicam que o tema está sendo tratado com “elevado grau de urgência”, especialmente porque outros países do BRICS também foram atingidos por medidas semelhantes, o que pode abrir espaço para uma reação coordenada.

Fonte: JHC/CitrusBR

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