O Ministério de Minas e Energia estuda a volta do horário de verão como uma medida para reduzir os impactos da atual crise hídrica sobre o setor elétrico. A informação foi confirmada nesta quarta-feifeira, 11, pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista a jornalistas.
O Ministério de Minas e Energia estuda a volta do horário de verão como uma medida para reduzir os impactos da atual crise hídrica sobre o setor elétrico. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 11, pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista a jornalistas.
Segundo o ministro, a pasta está considerando a reintrodução do horário de verão como uma medida estratégica para apoiar o setor elétrico e assegurar o suprimento de energia durante o período crítico do dia. Durante o horário de pico, que geralmente ocorre entre 18h e 20h, a demanda por energia atinge seu ponto máximo, exacerbada por fatores climáticos e pelo aumento do consumo.
“É aquele horário que o cidadão vai para casa, liga o ar-condicionado, liga o ventilador. Ele vai tomar banho, vai tomar todo mundo quase que junto, liga a televisão para assistir a um jornal, para poder assistir a um filme, e naquele horário nós temos um grande pico, e é exatamente no momento onde nós estamos perdendo as energias intermitentes”, disse.
O ministro Silveira destacou que a implementação do horário de verão não só pode aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, mas também oferece benefícios econômicos significativos. Ao adiantar os relógios, o horário de verão pode ajudar a redistribuir a demanda de energia, reduzindo o consumo durante os períodos de maior carga e, assim, contribuindo para uma gestão mais eficiente dos recursos energéticos.
Na avaliação do ministro, o horário de verão cumpre dois objetivos importantes na gestão do sistema elétrico: garantir a segurança energética e a modicidade tarifária. Ele ressaltou que, qualquer possibilidade que atender a esses dois requisitos, deve ser considerada. A decisão, entretanto, passa pelo crivo político do governo.
Além dos benefícios para o sistema elétrico, o ministro também destacou que o horário de verão pode impulsionar a economia ao favorecer atividades comerciais e ao melhorar a produtividade, criando um ambiente mais propício para o crescimento econômico. A combinação desses fatores torna a reintrodução do horário de verão uma medida que, segundo ele, merece consideração cuidadosa como parte de uma abordagem abrangente para enfrentar os desafios energéticos e econômicos atuais.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no governo de Getúlio Vargas, em 1931, mas não era em períodos consecutivos. Houve a adoção entre 1949 e 1953, depois de 1963 a 1968, voltando em 1985 até 2018 — ano em que teve a duração reduzida pelo presidente Michel Temer.
Com o horário de verão, os relógios são adiantados em uma hora. Antes da suspensão, a iniciativa era vigente entre outubro e fevereiro nos estados da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
A medida foi suspensa no verão de 2019.
Fonte: Redação com Ministério de Minas e Energia